As doenças transmissíveis sexualmente ou infecções sexualmente transmissíveis são aquelas que podem ser contraídas prioritariamente por contato sexual.
Na clínica, é realizado o diagnóstico e tratamento das principais delas, como:
HPV (Papiloma Vírus Humano)
É um vírus transmitido pelo contato sexual que afeta a área genital e mucosa oral. A transmissão é por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
O HPV é uma família de vírus com mais de 100 tipos. Enquanto alguns deles causam apenas verrugas comuns no corpo, outros infectam a região genital, podendo ocasionar lesões que, se não tratadas, transformam-se em câncer de câncer de pênis.
Uma das características desse vírus é que ele pode ficar instalado no corpo por muito tempo sem se manifestar, entrando em ação, quando as defesas do organismo estão debilitadas.
Na maior parte das vezes a infecção pelo HPV não apresenta sintomas. Costumam ter lesões clínicas ou lesões subclínicas (que não são visíveis a olho nu).
A apresentação mais comum é com lesões verrucosas. Estas são mais frequentes no prepúcio e glande (cabeça do pênis), podendo, entretanto, aparecerem na região perianal, virilha ou região suprapúbica.
Na clínica, dispomos de toda estrutura para cauterização das lesões, inclusive com anestesia sem agulhas a depender da localização e quantidade de verrugas.
Como devo me prevenir de IST?
Como em qualquer doença transmitida pelo sexo, é preciso que se tomem alguns cuidados como:
- Manter cuidados higiênicos;
- Ter parceiro fixo ou reduzir o número de parceiros;
- Usar preservativos em todas as relações sexuais ( mesmo assim pode pegar em locais como escroto, púbis e boca);
- Visitar regularmente seu urologista para fazer todos os exames de prevenção;
- Autoexame genital frequente;
- Evitar fumar, beber em excesso ou usar drogas que afetem o sistema de defesa do organismo, fazendo com que o HPV atinja o homem ou a mulher com maior facilidade;
- É importante que o(a) parceira(o) procure um médico para verificar se ela(e) está com o vírus;
- Você não está sozinho(a)! A maioria das pessoas com vida sexual ativa pode está infectada com algum dos tipos de HPV.
Como posso saber se tenho HPV?
Genitoscopia (Peniscopia)
Exame realizado no homem utilizando o colposcópio ginecológico como auxílio óptico ou com lupas, ácido acético e azul de toluidina para pesquisar áreas suspeitas infectadas pelo HPV. É o primeiro exame que deve ser realizado para investigação do HPV no homem.
Biópsia
É a retirada de um pedaço de tecido para análise.
Aqueles pacientes que tiveram um resultado positivo na genitoscopia, devem ser submetidos à Hibridização Molecular in situ.
Quais são as formas para tratar o HPV?
Existem várias formas de tratar uma doença transmissível sexualmente, que podem variar o tempo de tratamento e efetividade.
No nosso consultório, para HPV, fazemos a Eletrocauterização, tratamento feito com anestesia local e é de resolução imediata na maioria dos casos e com a menor taxa de recorrência.
ATA (Ácido tricloro-acético) / Podofilotoxina
É um ácido aplicado pelo médico diretamente nas lesões. Não deve ser feito sem prescrição ou orientação de um especialista, com risco de queimaduras extensas.
Medicamentos
Em algumas situações, pode-se utilizar medicamentos que melhoram o sistema de defesa do organismo.
Uretrites – Corrimentos Uretrais
Em geral, trata-se de gonorreia (corrimento purulento) ou clamydia (corrimento hialino). O tratamento é feito com antibióticos por via oral e a resposta é muito boa.
Doenças que causam Úlceras: Herpes Simples Genital (vírus)
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) é causada por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado.
As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local.
O tratamento com antivirais não é eficaz quanto à cura da doença, mas tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises
Sífilis
Doença infectocontagiosa sistêmica (acomete todo o organismo), que evolui de forma crônica (lenta) e que tem períodos de agudização (mais agudo) e períodos de latência. Pode comprometer múltiplos órgãos (pele, olhos, ossos, sistema cardiovascular, sistema nervoso).
De acordo com algumas características de sua evolução, a sífilis divide-se em Primária, Secundária, Latente e Terciária. Quando transmitida da mãe para o feto é chamada de Sífilis Congênita.
O importante a ser considerado aqui é a sua lesão primária, também chamada de cancro de inoculação (cancro duro), que é a porta de entrada do agente no organismo do paciente.
Trata-se de uma lesão ulcerada (cancro) não dolorosa (ou pouco dolorosa), em geral única, com a base endurecida, lisa, brilhante, com presença de secreção serosa (líquida, transparente) escassa e que pode ocorrer na glande e prepúcio, mas que pode também ser encontrada nos dedos, lábios, mamilos e conjuntivas.
Período de Incubação
1 semana a 3 meses
Tratamento da sífilis
A forma de tratamento é medicamentosa. Tem cura, se a sífilis for tratada adequadamente.