Disfunção sexual é um problema que afeta muitos homens em diferentes fases da vida, comprometendo a qualidade das relações e a autoestima.
Esta condição pode se manifestar de várias formas, incluindo disfunção erétil, ejaculação precoce, falta de desejo sexual e dificuldades em alcançar o orgasmo.
Entender os principais problemas de disfunção sexual masculina é essencial para desmistificar o tema e incentivar a busca por tratamento, uma vez que os homens podem passar por inúmeras situações que colocam em risco a satisfação plena neste campo.
Leia esse texto para entender o que significa a disfunção sexual, suas causas, sintomas e também que o problema tem tratamento, seja motivado por razões físicas ou psicológicas. Acompanhe o conteúdo!
O que é disfunção sexual?
A disfunção sexual pode ser definida como qualquer problema físico ou psicológico que impeça o homem de ter uma vida sexual satisfatória.
O problema pode ocorrer em qualquer idade, porém, é mais comum que ocorra com o avanço da idade.
No entanto, mais do que se preocupar apenas com o tamanho do pênis, os homens precisam entender que são diversas as situações que podem abalar a vida sexual, como uma ereção incompleta, problemas de desejo sexual, não controlar o momento da ejaculação e orgasmo, entre outras.
As causas das disfunções vão desde as físicas como as psicogênicas. Então, as principais razões físicas são:
- Baixos níveis de testosterona;
- Uso de medicamentos (principalmente antidepressivos, medicamentos para diminuir a próstata, antiandrogênicos);
- Distúrbios dos vasos sanguíneos: Insuficiência arterial ou Escape venoso
- Lesões nervosas;
- Diabetes; doenças cardiovasculares; neurológicas, hormonais, renais e hepáticas;
- Uso de álcool e drogas;
- Obesidade, entre outras.
- Doença de Peyronie
- Anatômicas: Curvaturas muito acentuadas.
Já as causas psicológicas mais comuns nas disfunções sexuais são:
- Preocupação com desempenho sexual (ansiedade de performance);
- Efeitos de traumas anteriores;
- Sentimentos de culpa (ansiedade moral);
- Problemas no relacionamento;
- Estresse;
- Depressão e etc.
Essas disfunções podem trazer muitos impactos negativos para a vida de um homem, levando à baixa autoestima, baixa autoconfiança e até mesmo deflagrar as depressões e quadros de ansiedade.
Como classificar as disfunções sexuais?
As disfunções sexuais podem ser classificadas com base nas fases do ciclo de resposta sexual em que ocorrem. Esse período, geralmente, inclui quatro passos: desejo, excitação, orgasmo e resolução.
Sendo assim, tais condições são categorizadas de acordo com o estágio em que a dificuldade se manifesta. Abaixo, vamos explorar uma visão geral das principais classificações:
- Primária: representam pacientes que sempre apresentaram a disfunção;
- Secundária: é designada aos problemas que se iniciaram após algum tempo de função sexual satisfatória;
- Generalizada: casos em que o a doença ocorre em todas as relações sexuais;
- Situacional: ocorre em determinada situação, com certa parceria ou depois algum tipo específico de estimulação.
A categorização correta das disfunções sexuais é de extrema importância para o diagnóstico e tratamento adequados, ajudando a identificar as causas subjacentes e as melhores abordagens terapêuticas para cada indivíduo.
Quais são os principais tipos de disfunção sexual?
Os principais tipos de disfunção sexual são variados e afetam diferentes aspectos do ciclo de resposta sexual. A seguir, estão as condições mais comuns:
Disfunção erétil
A disfunção erétil é a incapacidade de atingir ou manter uma ereção para uma relação sexual com penetração.
Entretanto, nas situações em que o indivíduo tenha a ereção, o processo pode ser lento ou não ter rigidez suficiente para concluir o ato sexual. Além disso, o problema pode também surgir junto com uma ejaculação precoce.
Existe disfunção erétil em jovens, de causas orgânicas ou psicológicas, porém, mais de 40% dos homens começam a enfrentar esse tipo de disfunção sexual a partir dos 40 anos.
As principais causas da disfunção erétil são doenças crônicas como:
- Hipertensão e diabetes;
- Doenças que afetam o fluxo sanguíneo (que prejudicam a vascularização do pênis);
- Cirurgias pélvicas (como retirada da próstata);
- Distúrbios nervosos;
- Estresses, ansiedade de desempenho, problemas conjugais e hábitos não saudáveis, como fumar, fazer uso de drogas, comer demais e não praticar exercícios físicos.
Aliás, estima-se que 100 milhões de homens no mundo apresentem disfunção erétil, sendo esta a disfunção sexual mais comum encontrada nos homens após os 40 anos.
No Brasil, essa estimativa se aproxima dos 50% após os 40 anos, algo em torno de 16 milhões de indivíduos.
Disfunção erétil após uso de antidepressivos
Uma síndrome que tem afetado diversos homens é a disfunção erétil causada após o uso de antidepressivos. É um problema bastante delicado, porque a depressão e o transtorno de ansiedade já podem levar à DE.
Porém, com o uso de certos medicamentos para esses problemas psicológicos (o que inclui a síndrome do pânico), muitos médicos prescrevem antidepressivos que vão potencializar ainda mais essa disfunção sexual no homem, porque vão fazer diminuir o desejo sexual, a excitação e a força do orgasmo.
Inclusive, estes medicamentos também são utilizados quando o homem se queixa de ejaculação precoce. Não é um problema que vai afetar todos os indivíduos que fazem uso desses medicamentos, contudo, em uma minoria, esses efeitos serão potencializados.
A propósito, esse é um problema que é subdiagnosticado, porque esse não é um assunto muito difundido e pouco conhecido até mesmo dentro da classe médica.
Quais antidepressivos podem causar essa DE?
Os antidepressivos que mais podem causar esse problema são os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e inibidores da recaptação de serotonina e norepinefrina.
No Brasil, não há um estudo estatístico sobre quantos homens tomam esse tipo de medicação. Já nos EUA, uma estatística apontou que 12% da população masculina ingere esses tipos de antidepressivos.
Embora não existam dados estatísticos em nosso país, a incidência de pacientes que surgem no consultório com essas queixas é bem grande.
No início do uso da medicação são bastante comuns os efeitos colaterais que vão causar perda de desejo e excitação.
Mas se esses sintomas persistem 3 meses após a pausa do medicamento e ainda forem somados a outros 3 sintomas, pode alertar para ocorrência de um dano persistente. Os sinais para esse alerta são:
- Anestesia ou hipoestesia do pênis (alteração na sensibilidade do órgão);
- Anestesia no mamilo;
- Diminuição do prazer ou nenhum prazer no orgasmo.
Outros sintomas que são mais raros nessa síndrome são: ejaculação mais rápida, diminuição no volume espermático e também uma sensação de desconexão entre os comandos cerebrais e o pênis.
Há uma teoria epigenética que aponta que o uso dessas medicações mudam a conformação e a quantidade de receptores nas áreas cerebrais. Outra teoria é de causar uma neurotoxicidade especialmente para a parte sexual.
Enquanto uma terceira possibilidade é que essas medicações causam diminuição da ocitocina e da testosterona de forma persistente.
Quem pode ser afetado e qual é a duração do problema?
Em geral, essa síndrome pode ocorrer em homens mais jovens que tomam esses antidepressivos (até adolescentes), mas especialmente nos homens mais idosos, acima de 65 anos.
O tempo de uso também não vai influenciar, se o indivíduo tiver essa predisposição pode evoluir para essa disfunção sexual até com pouco tempo de uso da medicação.
Existem estudos que demonstram que esses sintomas citados acima podem durar mais do que uma década.
Por isso, é importante alertar que é importante só usar medicação quando é realmente necessário, usar a mínima dose possível e tentar desmamar o antidepressivo o quanto antes.
Veja mais detalhes sobre esse problema neste vídeo:
Distúrbio hormonais
Essa disfunção do desejo sexual pode ter relação com a baixa da testosterona no organismo masculino, porque a partir dos 40 anos, esse hormônio cai de 1% a 2% ao ano, e os estudos apontam que até 20% vão sofrer essa queda hormonal mais intensa após essa idade.
Assim, essa queda é sentida no corpo masculino a partir de alguns sinais físicos e a parte sexual é muito afetada, principalmente, quando há uma queda de testosterona, porque esse é o principal hormônio sexual masculino, que confere até mesmo as características masculinas.
No entanto, apesar de essa condição ter como um grande efeito o “desinteresse sexual”, com diminuição do desejo, redução das ereções matinais e noturnas, e até trazer impotência, outros sintomas também apontam a baixa hormonal, como:
- Fadiga;
- Mau humor;
- Problemas de memória e cognição;
- Indisposição geral;
- Perda de massa muscular;
- Aumento da gordura abdominal, etc.
Transtornos de ejaculação
Outra disfunção sexual que pode afetar os homens está relacionada aos problemas de ejaculação, portanto, os homens podem sofrer com ejaculação precoce ou ejaculação retardada.
A ejaculação precoce é quando o homem não consegue segurar a ejaculação e seu tempo de relação sexual é em torno de 1 minuto, ejacula logo ao penetrar ou quando ejacula antes mesmo da penetração, provocando prejuízos à vida sexual em dupla.
Segundo a Associação Americana de Urologia, cerca de 1 em cada 3 homens, em idades entre 18 e 59 anos, têm algum grau de ejaculação precoce. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia, a estatística é praticamente a mesma: vai atingir 1 a cada 4 homens.
Essa é considerada uma disfunção sexual quando a situação se repete sistematicamente em todas as suas relações sexuais, seja com a mesma parceria ou com pessoas diferentes.
A ejaculação precoce pode ser motivada por causas físicas, como alteração dos receptores de serotonina, prostatites ou infecções, entre outras; além de causas psicológicas.
Já a ejaculação retardada ocorre quando o homem leva muito tempo para atingir chegar à ejaculação e ao orgasmo, e essa situação traz sofrimento, angústia e frustração para ele.
Normalmente, esse indivíduo leva mais de 25 minutos para atingir o clímax após a penetração e isso gera sofrimento. O tempo médio considerado normal para chegar ao orgasmo é entre 5 a 15 minutos.
É considerada uma disfunção sexual quando ocorre em 3 situações:
- O paciente sempre teve essa condição;
- Passou a ter esse comportamento sexual após algum fator ou o fato ocorre apenas em algumas circunstâncias, por exemplo;
- Só demora para ejacular quanto está na relação sexual em parceria, mas na masturbação, ejacula mais rapidamente.
Esse problema pode ter causas físicas, como alterações hormonais ou neurológicas, uso de medicações, consumo de álcool e até causas psicológicas.
Disfunção sexual: um tratamento para cada causa
Mais do que entender o que disfunção sexual, os homens precisam assumir o cuidado com sua saúde sexual e buscar os tratamentos adequados para cada tipo de problema.
O médico precisa ter empatia para dar o diagnóstico correto e indicar o melhor tratamento, de forma individualizada.
Para isso, ele poderá solicitar alguns exames laboratoriais para investigar níveis de testosterona, glicose e colesterol ou físicos, além de examinar pênis e testículos.
O uso do exame de imagem conhecido como doppler peniano também vai apresentar as condições da vascularização do pênis.
Veja algumas possibilidades de tratamento para disfunção sexual:
Disfunção erétil
Para a disfunção erétil, o tratamento pode começar com uso de medicações vasodilatadoras orais ou intracavernosa; reabilitação peniana (fisioterapia na disfunção sexual, como vacuoterapia, bomba peniana e anéis extensores), terapia por ondas de choque de baixa intensidade.
Depois que todas as tentativas de tratar a disfunção erétil foram realizadas e não houve efeitos, pode ser sugerido uma cirurgia de implante peniano.
DE por uso de antidepressivos
O tratamento para a disfunção erétil provocada por antidepressivos parte de um diagnóstico de exclusão, que vai investigar os níveis da parte hormonal masculina (baixa de testosterona ou problemas na tireoide) e outros motivos para a doença.
Além disso, é preciso saber se o paciente já tinha algum sintoma antes de fazer o uso dos antidepressivos, caso seja positivo, essa síndrome pode ser descartada.
E se o indivíduo usa drogas ou outros tipos de medicação que também podem provocar essa disfunção sexual, o andrologista poderá descartar a síndrome por uso de antidepressivos.
Esse tratamento requer algumas iniciativas e deverá ser multidisciplinar:
- Tratar a causa da depressão (observar fatores que podem ter desencadeado o processo — problemas financeiros, conjugais, etc);
- Ter um acompanhamento de um médico especialista nas questões sexuais masculinas (andrologista);
- Acompanhamento com psiquiatra que seja engajado com medicina sexual;
- Acompanhamento com terapeuta sexual;
- Uso de remédio para disfunção sexual, com substâncias vasodilatadoras e suplementos para acionar função sexual.
Reposição hormonal
Quando o paciente está com uma disfunção sexual provocada por uma baixa hormonal, o diagnóstico deverá ser definido com investigação cuidadosa e exames laboratoriais.
A reposição hormonal masculina vai produzir efeitos rapidamente, tanto no que se refere aos sintomas físicos, comportamentais e sexuais. Em geral, a testosterona pode ser reposta por meio de gel, injetável e implante subcutâneo de testosterona (chip de testosterona).
Problemas de ejaculação
Para os problemas de ejaculação, seja precoce ou retardada, o médico poderá indicar uma terapia sexual para tratar as questões psicológicas em paralelo com as orgânicas.
No caso da ejaculação retardada podem ser prescritos alguns medicamentos como ocitocina nasal, reposição de testosterona, cabergolina ou agonistas alfa-adrenérgicos.
Já para ejaculação precoce, o único remédio para ejaculação precoce aprovado pelo FDA é o dapoxetina, que aumenta a serotonina na placa neural e vai prolongar o tempo ejaculatório.
Os inibidores das 5 fosfodiesterase também podem ser prescritos como uma forma de tratamento para o problema, porque vão produzir uma ereção mais potente, pois são medicações vasodilatadoras.
Prevenção da disfunção sexual
A prevenção da disfunção sexual envolve a adoção de hábitos saudáveis e a atenção a fatores físicos, psicológicos e relacionais que podem contribuir para problemas sexuais, como:
- Alimentação equilibrada: consuma uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras. Limite o consumo de alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas;
- Exercício regular: pratique atividades físicas regularmente para melhorar a circulação sanguínea e a saúde cardiovascular;
- Controle de peso: mantenha um peso saudável para reduzir o risco de condições que afetam a função sexual, como diabetes e hipertensão;
- Evite o uso excessivo de álcool: pois pode afetar negativamente a função sexual;
- Tratamento da ansiedade e depressão: busque ajuda profissional para tratar a ansiedade e a depressão, que são frequentemente associadas à disfunção sexual;
- Apoio psicológico: considere a terapia para lidar com problemas emocionais e relacionais;
- Exames de rotina: realize check-ups regulares para monitorar a saúde geral e detectar precocemente condições que possam afetar a função sexual;
- Discussão sobre medicamentos: converse com seu médico sobre os possíveis efeitos colaterais dos medicamentos que está tomando e explore alternativas;
- Saúde sexual: consulte um urologista para questões específicas de saúde sexual e busque aconselhamento especializado quando necessário;
- Práticas sexuais seguras: use preservativos para prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que podem afetar a saúde sexual.
Prevenir a disfunção sexual envolve diversas abordagens que consideram tanto a saúde física quanto a mental, bem como a qualidade dos relacionamentos.
Tratamento para disfunção sexual com o Dr. Marco Túlio Cavalcanti
Agora que você já sabe acerca da disfunção sexual, o que é e suas causas, é válido tranquilizar os pacientes e ressaltar que para tal problema, tratamentos não faltam.
Todos têm a oportunidade de buscar ajuda e ter de volta uma vida sexual ativa e satisfatória, que resulta em mais qualidade de vida, bem-estar, autoestima e até longevidade.
Portanto, se você quer saber mais sobre a disfunção sexual, o Dr. Marco Túlio Cavalcanti tem um atendimento personalizado para sanar todas as suas dúvidas.
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Dr. Marco Túlio Cavalcanti Urologista e Andrologista. Disfunção Erétil e Impotência sexual: dê fim a esse tormento. Prótese do Pênis: a retomada da sua vida sexual. Doença Peyronie: correção da curvatura, recuperação do tamanho e calibre do pênis. Reposição Hormonal: retome o seu desempenho.
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