Cirurgia no pênis: saiba tudo sobre os procedimentos

São muitos os motivos que podem levar um homem a realizar uma cirurgia no pênis, para reparar questões funcionais ou estéticas.

Neste texto, veja quais são as cirurgias realizadas no órgão genital masculino.

Por que o homem precisa de uma cirurgia no pênis?

Desde os tempos ancestrais, o pênis é visto com grande reverência devido à sua importante função para a reprodução humana e também porque é um símbolo de virilidade masculina.

Assim, não é incomum que uma cirurgia no pênis seja uma forma que muitos homens encontram para ficar satisfeitos com a funcionalidade do órgão ou até buscar procedimentos por orientações médicas. 

São várias as cirurgias dedicadas a melhorar as condições do órgão sexual, como cirurgia de excesso de pele no pênis (fimose) ou até cirurgia no freio do pênis.

Nos tempos modernos, até mesmo as aspirações estéticas passaram a fazer parte desse universo relacionado à sexualidade, que também passou a incluir termos como cirurgia plástica no pênis no vocabulário masculino.

São procedimentos que podem passar uma impressão de maior calibre e aparência. Nessa seara que abrange a satisfação masculina com o próprio órgão sexual, acabam entrando também as questões como tamanho e desempenho, que são muito valorizadas. 

Conheça agora os vários tipos de cirurgia no pênis:

Freio do pênis

Na linguagem médica, o freio do pênis é denominado frênulo bálano-prepucial. É uma faixa fibrosa que liga o prepúcio à glande. Por falta de conhecimento, muitos jovens acreditam que precisam romper essa estrutura, o que não é o correto.

Quando alguns homens querem remover o frênulo, devem recorrer a uma cirurgia no pênis realizada com todo cuidado por um cirurgião, porque ao romper o freio de forma caseira podem ficar à mercê de um grande sangramento e outras complicações.

Essa cirurgia de freio no penis pode ser tanto uma frenulotomia, que é um corte simples, ou uma frenuloplastia, que exige alguns pontos para reconstruir a região de uma forma mais funcional.

A indicação dessa cirurgia no pênis é quando o homem tem um freio curto, que causa uma tortuosidade ventral abaixo da glande, ou quando o órgão sofre muitos traumas em todas as relações sexuais, provocando fissuras e dores constantes.

Cirurgia de Peyronie

A cirurgia de Peyronie é indicada para os homens que têm a doença de Peyronie, que provoca deformidades no pênis, que prejudicam e até inviabilizam a relação sexual. Em alguns casos, a curvatura também causa afinamento do órgão sexual. Essa patologia também pode causar disfunção erétil.

A doença de Peyronie ocorre em duas etapas: fase aguda e fase crônica. A cirurgia é indicada na fase crônica, quando a curvatura está sedimentada.

As técnicas de cirurgia no pênis torto para correção das curvaturas são as plicaturas e enxertos. 

As cirurgias com a técnica de plicaturas são para curvaturas menores que 60 graus, e consistem em realizar pontos para encurtar o órgão no lado oposto da deformidade.

Na técnica de enxerto, o cirurgião irá retirar a área de cicatriz provocada pela doença de Peyronie e usar enxertos para substituir.

Em alguns casos, a doença de Peyronie também pode exigir implante de prótese peniana.

Prótese peniana

Homens que têm uma disfunção erétil grave e não conseguiram bons resultados com outras abordagens, como medicamentos, reabilitação peniana, injeção peniana, terapias de ondas de choque, etc, têm a opção de realizar essa cirurgia no pênis.

A prótese peniana consiste em colocar um dispositivo dentro dos corpos cavernosos do pênis, que vai permitir o resgate da ereção. As próteses podem ser infláveis ou semirrígidas ou maleáveis.

No tipo inflável, a ereção é bastante parecida com o processo fisiológico: o homem infla o dispositivo sempre que quiser ter uma relação sexual, após o fim da atividade, desinfla para o pênis ficar em estado de repouso. 

No tipo semirrígido, as hastes de silicone implantadas no pênis deixam o órgão constantemente em ereção, mas há truques para disfarçar.

A cirurgia de prótese no pênis é a solução definitiva para os homens que têm disfunção erétil. 

Cirurgia no pênis (fimose)  

A postectomia ou circuncisão é uma cirurgia de pênis conhecida como cirurgia de fimose, que é a dificuldade ou a impossibilidade de exposição da glande. 

É uma cirurgia para retirar excesso de pele no pênis (prepúcio), indicada geralmente na infância (fimose primária), porém, também pode ser realizada na idade adulta, quando ocorre uma fimose adquirida (fimose secundária), por outras questões médicas, como a diabetes, balanopostite de repetição, presença de HPV no prepúcio e outras patologias.

Nestes casos, os homens podem ter sintomas como inchaço local, dor na ereção e relação sexual, lesões, assaduras, dificuldade para urinar, problemas de pele, sangramentos, lesões e vermelhidão no pênis.

O cirurgião fará incisões para retirada parcial ou total do prepúcio para permitir a exposição da glande.

Remoção das glândulas de Tyson

As glândulas de Tyson são bolinhas pequenas da cor da pele ou brancas que ficam na região conhecida como sulco coronal. Essas pequenas protuberâncias podem circundar a glande em uma ou duas fileiras. 

São estruturas naturais e benignas, que servem para promover hidratação local e lubrificação no ato sexual.

No entanto, muitos homens não gostam de sua aparência e sentem-se constrangidos com a presença delas no pênis, porque temem que sejam confundidas com verrugas de HPV.

Não é necessário retirá-las, porém, alguns homens fazem questão disso. O procedimento que faz a remoção é a eletrocauterização, que deve ser realizada por um profissional experiente em estética genital, para que seja realizada de forma precisa,  e não provoque outras cicatrizes na região.

Cauterização de verrugas de HPV

O HPV é um vírus transmitido pelo contato sexual que afeta a área genital e mucosa oral. A transmissão é por contato direto com a pele ou mucosa infectada.

A apresentação mais comum do HPV são as lesões verrucosas no prepúcio e na glande, mas também podem aparecer na região perianal, virilha ou região suprapúbica.

Para tratar essas verrugas, é possível fazer a cauterização, que exige agulhas especiais e anestesia, a depender da localização e quantidade de lesões.

Uretrotomia interna

Quando o paciente tem estreitamentos e estenoses curtas do canal uretral, dificultando o ato de urinar, uma cirurgia no pênis que pode ser realizada é a uretrotomia interna.

Neste procedimento endoscópico, o urologista irá introduzir um aparelho com uma microcâmera no canal da uretra e realizar uma incisão com laser ou lâmina na área onde há a estenose, para devolver o tamanho normal ao canal.

O procedimento deve ser realizado com o paciente sedado, a alta é no mesmo dia e o paciente sai com um cateter no canal urinário.

Uretroplastia

A uretroplastia também visa corrigir as estenoses, no entanto, é um procedimento mais complexo para reconstrução do canal da uretra.

 Nestes casos, apenas a ressecção e sutura não é suficiente, sendo necessário uso de mais técnicas. Para refazer a uretra, pode ser necessário o uso de outros tecidos do corpo, como o da mucosa das bochechas ou até retalhos do próprio pênis.

Com essa cirurgia, o paciente fica com uma sonda por até 3 semanas.

Meatoplastia

Essa cirurgia no pênis é indicada para aqueles pacientes que sofreram o fechamento total do orifício urinário devido a uma inflamação ou infecção. Esse problema vai ocasionar obstrução urinária.

Neste caso, é realizada uma pequena incisão para reconstrução do meato. É necessária uma anestesia local.

Corporoplastia

Essa cirurgia no pênis é considerada quando o homem tem o que se chama de micropênis.

O órgão sexual é considerado um micropênis quando tem até 4 cm em estado de repouso ou 7,5 cm em ereção. Homens que sofrem com esse problema podem realizar uma cirurgia no pênis para aumento do órgão. Neste caso, o procedimento é considerado funcional.

A corporoplastia faz um relaxamento na túnica albugínea, geralmente associada a um implante de prótese peniana. Com essa técnica é possível ganhar 2 ou 3 centímetros.

Secção do ligamento suspensor 

A secção do ligamento suspensor também é uma técnica que pode ser avaliada para quem tem micropênis.

É uma incisão no ligamento suspensor, que liga o pênis à púbis, e permite um ganho, em média, de 1,5 cm até 3 cm, com associação de técnicas de tração.

Essa estrutura serve para manter o ângulo pubo-peniano para cima, estabilizar o pênis e proteger o feixe vásculo-nervoso do órgão sexual.

A cirurgia pode ser realizada de duas maneiras: 

• A primeira é a infrapúbica, na qual é realizada uma incisão na púbis e aprofundar para seccionar o ligamento;
• Também pode ser realizada como uma cirurgia de fimose, conhecida como subcoronal, na qual é possível descer até a base do pênis para ter acesso ao ligamento suspensor.

Quando é feita uma incisão nesse ligamento, há uma impressão de que o pênis ficou um pouco maior, mas não é que houve um aumento. Na verdade, o cirurgião move a pele do abdômen para o eixo do pênis, o que gera essa impressão de pênis maior.

Em alguns casos, também é indicada uma lipoaspiração na púbis e enxerto da gordura retirada no pênis para parecer que o órgão ficou maior.

Nem sempre os homens ficam totalmente satisfeitos com essa cirurgia, por isso, vale uma conversa muito sincera com o cirurgião para entender os prós e contras do procedimento.

Bioplastias

As bioplastias são cirurgias que visam promover um aumento peniano com diversas técnicas, sejam enxertos de gordura, ácido hialurônico, botox e estimuladores de colágeno.

No caso do botox do pênis, a aplicação da toxina botulínica nos corpos cavernosos do pênis também tem sido utilizada para a disfunção erétil.

Além disso, um estudo revelou que o uso do botox aplicado na fáscia da musculatura peniana pode melhorar também a aparência do órgão sexual quando está no estado flácido, ou seja, sem nenhuma atividade sexual.

Conclusão

Atualmente, a medicina traz inúmeros procedimentos cirúrgicos que visam melhorar a autoestima do homem em relação à aparência do próprio órgão sexual ou mesmo trazer recuperação de certas condições penianas.

No entanto, o mais aconselhável é passar em consulta com especialistas em medicina sexual, que possam esclarecer sobre os resultados, riscos e graus de satisfação.