Quando um homem está com a próstata aumentada, uma das indicações de tratamento é a cirurgia da próstata. Entre um dos principais efeitos colaterais desse procedimento, está a diminuição ou perda de ejaculação, quando o procedimento é realizado com abordagens já conhecidas.
Veja neste texto como é feita a cirurgia de próstata, o que o paciente deve esperar após o procedimento e se existem técnicas que possam ajudar a preservar a ejaculação.
A hiperplasia prostática benigna, também conhecida como aumento da próstata, é uma ocorrência comum para os homens a partir do envelhecimento. Cerca de 8% do público masculino pode ter esse problema antes de chegar aos 40 anos. Entre os 50 e 60 anos, esse percentual sobe para 50%, e aos 70 anos, 80% dos homens manifestam esse problema.
A próstata aumentada traz diversos problemas que impactam significativamente a qualidade de vida do homem, especialmente no que se refere ao comportamento miccional, mas também afeta a ejaculação, e, em alguns casos, pode prejudicar até a função erétil.
Isso ocorre porque a próstata fica localizada logo abaixo da bexiga e envolve a uretra. Quando está aumentada, vai pressionar a uretra e impactar a bexiga. Assim, embora não tenha função no sistema urinário, pode prejudicar essas funcionalidades quando está muito aumentada.
Muitos pacientes tomam remédios para diminuir a próstata e não percebem efeitos, nestes casos, a única indicação pode ser a cirurgia da próstata, especialmente quando há sintomas como:
O ideal é que os homens tratem a hiperplasia benigna assim que percebe os sintomas mais evidentes e ainda moderados dessa condição, como:
Nos estágios iniciais da hiperplasia, é possível que a medicação surta efeitos melhores, mas ainda assim terão efeitos na ejaculação, fertilidade, libido e potência.
No geral, cerca de 50% dos homens que começam a tratar o problema com medicamentos ainda assim percebem uma piora progressiva desses sintomas em alguns anos. Assim, a cirurgia também poderá ser a única solução definitiva.
A cirurgia de próstata aumentada é conhecida como prostatectomia simples, e vai promover a diminuição desta glândula masculina, que é responsável por produzir um líquido que nutre e transporta o esperma. Em geral, há uma remoção parcial da próstata, retirando o miolo da glândula e mantendo a sua cápsula.
São diversas abordagens utilizadas para reduzir as dimensões da glândula e devolver a qualidade de vida para o homem, porém, em quase todas as técnicas cirúrgicas há uma diminuição do volume ejaculatório ou até mesmo o orgasmo seco.
Existem duas tecnologias que preservam a ejaculação: REZUM e UROLIFT, sendo o REZUM mais promissor. Por outro lado, quando a prostatectomia não é realizada para tratar um câncer, não afeta a potência sexual e nem o orgasmo.
As principais cirurgias da próstata fazem a raspagem ou a enucleação da próstata:
Uma das cirurgias de próstata mais utilizadas no Brasil é a raspagem, conhecida como RTU (ressecção transuretral da próstata).
Nesta abordagem, muitas vezes, não há uma retirada total do miolo da próstata, ainda fica tecido prostático e, por isso, a glândula cresce novamente.
A prostatectomia simples prevê a retirada de uma parte da próstata só que por abordagem aberta, que prevê uma incisão maior.
É uma metodologia que vem sendo utilizada cada vez menos, porque tem tempo de internação e recuperação maiores, devido ao corte significativo, que pode trazer mais dor no pós-operatórios e outros riscos para o paciente, como sangramentos e inchaços.
Mas como é feita a cirurgia de próstata com corte? Na abordagem aberta, o cirurgião pode acessar a próstata por meio de uma incisão suprapúbica ou perineal.
Na suprapúbica, a incisão vai do umbigo até o osso púbico, já na abordagem perineal, que tem sido ainda menos utilizada, o corte é na pele entre o ânus e o escroto.
É uma abordagem na qual não é necessário fazer uma incisão grande, mas sim pequenas incisões na região inferior do abdômen, para permitir a entrada de um laparoscópio com vídeo na ponta e instrumentos que farão a remoção do núcleo aumentado.
Por isso, ocorrem menos sangramentos e o tempo de recuperação é menor, mas ainda assim existe o desconforto dos cortes.
Na cirurgia robótica, o médico estará no controle de braços robóticos e as incisões também serão menores para a realizar a remoção do tecido prostático.
Apesar de ser realizado com a assistência do robô, dando mais precisão aos movimentos do cirurgião, nesta técnica ainda são necessários cortes, o que sujeita o paciente aos desconfortos posteriores à cirurgia.
A cirurgia via uretral não prevê cortes e a remoção da próstata é por meio de laser, que podem ser de 3 tipos: HoLEP (Holmium Laser Enucleation of the Prostate), BipoLEP (Enucleação Bipolar) ou GreenLight Laser.
Na HoLEP, o laser irá dissecar o tecido prostático e depois é retirado todo “miolo” da próstata por completo. Este é um procedimento curativo definitivo e muito eficaz. O BipoLEP a enucleação é feita da mesma forma só que usa energia bipolar.
Já no uso do Green Light haverá uma vaporização da próstata para destruir a adenoma da próstata, desta forma, o Greenlaser funciona parecido com a RTU de próstata, não retirando completamente o “miolo da próstata.
O tempo de recuperação é muito menor com estas técnicas, não há cortes e os resultados são muito satisfatórios. Inclusive, essas têm sido consideradas as mais eficientes na atualidade, porque, no caso do HoLep e BipoLep, a solução é definitiva.
Quem precisa fazer uma cirurgia de próstata para tratar a hiperplasia prostática benigna também pode contar com novas técnicas que proporcionam a preservação da função ejaculatória. Conheça as principais:
Esse é um procedimento pouco invasivo, realizado com a introdução de um cateter fino na virilha do paciente para acesso à próstata. A sonda identifica vasos que nutrem a próstata e injeta substâncias que interrompem o fluxo sanguíneo na região. Dessa forma, há uma morte progressiva das células no interior da glândula.
Essa técnica pode ser indicada para próstata menores ou para próstatas maiores que depois passarão por um novo procedimento via uretral.
É uma técnica que deve ser realizada por um radiologista especializado ou cirurgião vascular especializado, e sempre com a presença de um urologista no procedimento, para o caso de alguma intercorrência durante o processo.
Esse procedimento também é minimamente invasivo, indicado para próstatas menores. Essa técnica vai possibilitar a preservação da função ejaculatória e dar mais tempo, antes de optar por um procedimento mais efetivo.
Nesta metodologia, pequenos implantes são utilizados para levantar a próstata e deixar a glândula mais distante do local da passagem da urina. Assim, melhora não só os problemas miccionais, mas também ajuda a não impedir a função ejaculatória.
Essa raspagem preservando uma porção específica da próstata permite que o volume ejaculado não reflua para a bexiga.
O Centro Avançado da Próstata do Instituto Cavalcanti é um dos primeiros a disponibilizar a nova técnica de tratamento da próstata aumentada, denominada REZUM.
Essa abordagem permite um tratamento eficaz, menos invasivo, sem necessidade de internação em hospital e sem violação da uretra, que garante preservação da ereção e não provoca alterações na ejaculação.
O procedimento é realizado pelo canal urinário, com equipamentos de fino calibre, com uma pequena sedação.
De acordo com os estudos, há comprovação da melhora do fluxo urinário, bem como dos demais sintomas urinários provocados pela HPB, como dificuldade para iniciar a micção, necessidade de urinar frequentemente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, diminuir a necessidade de levantar à noite para urinar, gotejamento após a micção e jato urinário interrompido.
Este método preserva a ejaculação em até 93% dos casos, sendo uma grande vantagem do método.
Todas essas abordagens de cirurgia de próstata devem ser conversadas com o médico, que irá apresentar as opções e expectativas de resultados para cada procedimento. A decisão final será do paciente.
Porém, até mesmo nas cirurgias a laser, os resultados são muito melhores quando o homem não retarda muito o tratamento, antes de causar maiores danos à bexiga. Quando o paciente deixa para operar no último caso, muitas vezes, mesmo com a cirurgia, ainda vai ter alguns sintomas.
Se você está com problemas relacionados à próstata ou à questão sexual, é necessário buscar uma ajuda especializada.
O Dr Marco Túlio Cavalcanti é andrologista, especialista em medicina sexual masculina, traz atendimento humanizado, visando devolver a qualidade da vida sexual do homem.
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ola boa tarde sou de rio preto sp -gostaria de sua gentileza me informar se o
dr MARCO atende pela unimed